Iniciamos lembrando o texto bíblico de Gn. 2.24: “… o homem
deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam
uma só pessoa”. Chega o dia, em que os pais precisam liberar os filhos para que
eles, verdadeiramente, batam asas do ninho e comecem uma nova jornada na vida.
A partir de então, os pais não devem mais interferir na vida dos filhos, porquanto,
agora estão casados, constituindo uma nova família. Por outro lado, também os
filhos precisam de independência emocional e financeira. Isto é o que
chamamos de amadurecimento. Para isso acontecer, este “cordão umbilical” psicológico
precisará ser rompido. O “deixar pai e mãe” não foi algo estabelecido por
homens, mas por Deus.
Casamento significa aliança. Não é um contrato, mas uma
aliança! Contrato é um acordo realizado entre duas partes ou mais, e pode ser
desfeito quando uma das partes não cumpre o acordo. Na aliança não é
assim. Quando uma das partes não cumpre o seu trato, a outra não tem o direito
de romper.
Nos tempos bíblicos, a aliança era feita através de 4
presentes:
1. A capa ou o manto: Representam os
direitos, as posses, a reputação e o prestígio dentro de uma família. A capa
representava a posição de cada um. José ganhou de seu pai, Isaque, uma capa
colorida que indicava prestígio e liderança, por isso seus irmãos ficaram com
inveja. Quando alguém dava sua capa à outra pessoa, estava dizendo: “Qualquer
coisa que eu tenho é sua. Também quaisquer direitos que eu tenha, abro mão
diante de você”. Hoje não damos mais a capa ou o manto; mas, na aliança de
casamento, renunciamos nossos direitos e posses do mesmo jeito, que são: a
realização pessoal, o companheirismo, o comodismo, a preguiça, os bens e
posses, os sonhos e até o trabalho se for preciso.
2. O cinturão e as armas: Entregar o cinturão e as armas
significa a rendição e o abandono da hostilidade. Ao entregar o cinturão e as
armas, ele está dizendo: “Eu entrego a você a minha força. Estou totalmente aberto
e transparente diante de você”. Nunca as armas podem ser: os argumentos, a
raiva, a inveja, a discussão, a
manipulação, o endurecimento de coração e o rancor.
3. Nome: Quando era feita uma aliança,
se passava o nome para o outro. Por isso que Jesus nos instrui a usarmos seu nome
quando expulsamos demônios ou orarmos. Significa dar a autoridade a
ser exercida em seu lugar, ou em sua ausência. É a mesma coisa que dar um
cheque assinado em branco a outra pessoa. É costume de a mulher ter o nome do
marido. Isso quer dizer que ela tem a autoridade dele e pode tomar as decisões
em seu lugar, pois eles são uma só carne. Ao passar o nome para o outro, ele
está dizendo: “Você tem pleno poder para decidir em meu nome, na minha ausência”.
4. Sangue: O sangue representa a vida.
Antigamente, a aliança era feita com a mistura do sangue das duas pessoas
aliançadas. Foi a aliança que Jesus fez conosco, a sua noiva. Ele derramou o
seu sangue (vida), por nós. Quando fazemos a aliança de sangue, estamos dizendo
para o outro: “Eu morro por você se for preciso”. Isso é amor, não é? É por
isso que está escrito na Bíblia: “Marido, ame a sua esposa, assim
como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela.” Ef 5.25.
No casamento devemos fazer um esforço constante para
acrescentar amor, afeto, respeito, perdão, troca de experiências, e aprendizado
com os próprios erros. Tudo o que doamos, recebemos de volta; pois,
aquilo que semeamos, colhemos - seja em forma de bem ou mal. É o princípio da
semeadura: você colhe o que você planta. Se for semeado o perdão e o respeito,
é isso o que colherão em maior quantidade.
Para que permaneçam na natureza estabelecida pelo Criador:
• A mulher deve honrar o seu esposo, considerando o
amado como aquele que provê todas as coisas, mantendo a submissão e sendo a
ajudadora. Sem perder a delicadeza comparada a um vaso de porcelana rara.
· • E o homem mantendo a autoridade no lar, abaixo
da autoridade de Cristo, sendo um guerreiro determinado pelo próprio Jeová,
para cuidar e responder pela sua vida e de sua amada.
E a Bênção da Multiplicação?
• Quando aprendemos a ser fiéis a Deus nas
pequenas coisas. Lembremos das palavras de Jesus em Mat. 25:21 “... foste fiel
no pouco, sobre o muito te colocarei...”.
· • Por meio de filhos. Quando os filhos vêm,
com eles se multiplicam também os sonhos, pois a Bíblia ensina que os filhos
são herança de Deus (Sl. 127.3) e que são também como flechas nas mãos do guerreiro (Sl. 27.4).
.. •
Quando colocamos o que temos a disposição de
servir o Reino. Essa bênção veio para alimentar uma multidão que era de
mais de cinco mil pessoas. Veio, quando um rapaz que tinha apenas cinco pães e
dois peixes, colocou-os a disposição do Reino.
· • No casamento, Deus abre o portal da esperança
para o mundo, pois ao mesmo tempo em que uns estão encerrando a carreira,
outros estão começando; enquanto uns estão descendo a ladeira da vida, outros
estão subindo sua colina, cheios de esperança em Deus.
No casamento, não se deve acumular coisas, experiências; mas
deve-se repartir, compartilhar. O marido nunca deverá querer tudo para si mesmo e nem a
esposa deverá querer tudo para si mesma, mas devem dividir o que tem com
alegria. Assim sendo, no casamento, Deus espera mais investimento do
que cobrança. No casamento, Deus espera que o casal venha a dar mais do que
receber, repartir mais do que reter. Não deve haver espaço para o egoísmo, mesmo porque
o amor não é egoísta, não visa seus próprios interesses, mas busca a realização
da pessoa amada.
Quem ama, dá.
Quem ama, reparte.
Quem ama, divide o que tem.
Homem, lembre-se: essa mulher com a qual você fez uma
aliança, é aquela que Deus preparou para você, ela tem a capacidade de lhe
proporcionar tudo o que você precisa para ser feliz!
Mulher, lembre-se: esse homem com o qual você fez uma
aliança, é aquele que Deus preparou para você, ele tem a capacidade de lhe proporcionar tudo o que você precisa para ser feliz!
Deus viu que vocês têm qualidades que se adéquam um ao outro como peças de um quebra-cabeça, mas que não se encaixam com nenhuma outra peça, senão aquela única.
A aliança que fizeram foi preparada por Deus!
“... todo casamento precisa ser uma casa solidamente edificada
sobre a rocha, capaz de permanecer em pé ainda que haja chuva no telhado, rio
nos alicerces e vento nas paredes”.