Páscoa

O termo "páscoa" deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa “passar por cima”, “pular além da marca” ou “passar sobre”. Quando Deus ordenou ao anjo destruidor que eliminasse todo primogênito na terra do Egito, a casa que tivesse o sinal do sangue do cordeiro, sacrificado para esse fim, não seria visitada pelo anjo. Este passaria “por cima”, e o primogênito que ali morasse seria preservado (Êx 12.1-36).

Os judeus passaram então a celebrar a Páscoa comemorando a saída - e a forma como saíram - do Egito. A partir de Jesus, a celebração da Páscoa foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Cristo é a nossa Páscoa, e o Seu sangue, o sangue do Cordeiro de Deus, nos lava e purifica de todo pecado (Lc 22.1-20; I Co 5.7 "Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.").

Sua origem remonta os tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. Faraó não queria deixar o povo de Israel sair, então muitas pragas vieram sobre ele e seu povo. E a décima praga foi a morte dos primogênitos. Segundo as instruções Divinas, cada família hebreia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa. Este era o sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse esta casa com a décima praga. A carne do cordeiro deveria ser comida juntamente com pão não fermentado e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo a narrativa Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito do Faraó, foram mortos.

Significados:

      1.   CORDEIRO – Representava o preço da redenção e libertação de Israel do Egito; o sacrifício.


               Simboliza Cristo; a libertação do pecado  Jo.1.36 João afirmou: ‘Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’.”
                
              •  Era sem defeito  Ex. 12.5 "O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras." ; I Pe. 1.18-19 "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado."

               •  Foi sacrificado, no entanto seus ossos não foram quebrados. - Ex. 12.46 "Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso." ; Sl. 34.20 "Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.; Jo. 19.36 "Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado."

                   •  O sangue foi derramado para a expiação dos pecados - Era o penhor da salvação. - Ex. 12.13 "E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito." ; I Jo. 1.7 "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado."

              •  Foi morto na páscoa. - Mat. 26.26 "Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo."

      2.  OS PÃES AMOS – Revelavam a pressa com que abandonariam a terra do Egito. A farinha amassada sem ter recebido o fermento, por falta de tempo.

             •   Simbolizam pureza. O pão deveria ser sem fermento.

             •   A proibição baseava-se em que o fermento é um agente de decomposição e servia de símbolo da corrupção moral, e também de doutrinas falsas. - Mt. 16.11 "Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus?" ; Mc.8.15 "E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes."

            •   Na nossa comunhão com Cristo não pode haver impureza.

            •   A ausência do fermento simboliza a santidade de vida no serviço de Deus.

     3.  ERVAS AMARGAS – Ou alface agreste, recordavam a opressão do Egito, a amargura do cativeiro, além de dar melhor sabor a carne do cordeiro.

            •   Simbolizavam a amargura que o cordeiro iria passar e a amargura das almas humanas por causa do pecado. Hoje, todas as vezes que celebramos a Ceia do Senhor, relembramos o grande feito da nossa redenção feita não por Cordeiro, não mais por um cativeiro físico, mas pelo próprio Filho de Deus.

            •   Podemos dizer que o Egito foi o Calvário da nação hebraica, como o Calvário de Jerusalém foi o nosso Calvário.

     4. SANGUE – Representa a expiação dos pecados.

           •   A garantia do perdão – Heb. 9.22 “... sem derramamento de sangue não há remissão de pecados ; I Jo. 1.7 "... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." O pecado do homem foi coberto pelo sangue propiciatório do Cordeiro de Deus.

A Substituição pelos símbolos pagãos:

·         Instituição – A festividade da páscoa foi fixada pelo Concílio de Nicéia em 325d.C.. É uma festa anual da Igreja Católica Romana, comemora a ressurreição de Cristo.

·         O coelho – Nos nossos dias o coelho substituiu o cordeiro. Como símbolo de fertilidade (chegando até produzir aproximadamente cento e dez filhotes por ano). Apareceu por volta de 1915, na França. 

·         O ovo – O ovo significando começo, origem de tudo, também significa a vida porque contem vida. João 11.25. Está presente na mitologia antiga, nas religiões do oriente, nas tradições populares e numa grande parte da Cristandade. Na idade média, os europeus adotaram o costume chinês de enfeitar o ovo. Em 1928, surgiram os ovos de chocolate que foram industrializados em larga escala. No século XVIII a Igreja Católica Romana adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo.

·         O peixe – É símbolo de Cristianismo. Dizem que no passado, quando os cristãos se reuniam, faziam desenho de um peixe. Na semana santa, não comem carne, por causa do corpo de Cristo e substituíram a carne por peixe, mas na páscoa judaica comiam cordeiro.


Estes símbolos modernos são uma mistura de mitologia pagã com a simbologia cristã paganizada.



Pr. João Carlos Moreira e Prª. Rose Moreira


**Pedimos desculpas pelo atraso em postar o estudo.